quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Fotos de Levinas



Livro: Por Quem os Sinos Dobram. De Ernest Hemingway

Aqui esta o livro original: http://repositorioaberto.univ-ab.pt/bitstream/10400.2/530/1/LC288.pdf;

E aqui o livro traduzido:
http://translate.google.com.br/translate?js=n&prev=_t&hl=pt-BR&ie=UTF-8&layout=2&eotf=1&sl=en&tl=pt&u=http://repositorioaberto.univ-ab.pt/bitstream/10400.2/530/1/LC288.pdf

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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A ALTERIDADE E A CONTEMPORANEIDADE
A questão da alteridade encontrou na contemporaneidade um solo rico para seu desenvolvimento. Este acontecimento se deve principalmente às duas grandes guerras mundiais e aos conflitos ocorridos na Ásia e no Leste Europeu em virtude dos desdobramentos do socialismo naquela região.
Não é a toa que os dois pensadores mais ligados a esta temática estiveram diretamente envolvidos com estes fatos. Lévinas e Sartre assistiram de perto os horrores das guerras e acompanharam o fortalecimento do socialismo que, embora prometesse uma sociedade mais igualitária, muitas das vezes, se utilizava da força a fim de impor sua ideologia.
Suas relações profundas com estes acontecimentos influenciaram diretamente seus pensamentos no que tange a alteridade, tendo em vista que diante dos horrores da guerra a humanidade estava cada vez mais anestesiada diante das atrocidades dirigidas aos povos subjugados. Lévinas, filósofo de origem judaica, por exemplo, teve grande parte de sua obra dedicada à ética. Nele todas as atenções deveriam ser voltadas para o outro. É importante lembrar que Lévinas tinha sua origem no judaísmo. Esta religião tinha no próximo (outro) o centro de sua doutrina.
Não há dúvidas da influência do judaísmo na filosofia de Lévinas. Para ele o eu em discussão não deve partir de dentro, como pensou Kierkegaard, mas a partir de fora, ou seja, do outro. Há nele, no outro, um mistério. Lévinas chamava isto de infinito. Para Lévinas “nada pode transpor sua alteridade mesma, pois ela não está ao alcance de nosso olhar, não está exposta à luz como um fenômeno qualquer” (Cf. Oliveira e Scoralick, p. 32). O pensamento de Lévinas influenciou outros pensadores, entre eles: Sartre.
Sartre iniciou seus estudos de filosofia buscando compreender a questão ontológica, entretanto ao adentrar nas questões existenciais e, depois, conhecendo o comunismo acabou que por se afeiçoar a questão da alteridade, ainda que não diretamente. No momento que Sartre pensa no homem como ser que após o impulso para a existência se vê na responsabilidade de ter que escolher e que sua escolha pode afetar a comunidade humana ele lança um olhar sobre a alteridade colocando o homem como co-responsável pelos outros. A adesão de Sartre ao comunismo nos anos cinquenta consolidou nele este espírito.
Não foi, no entanto, apenas na filosofia que a alteridade se fez presente. Na literatura ela ainda se fez mais bela. Ernest Hemingway, escritor americano, escreveu, em 1940, uma de suas mais célebres obras: Por Quem os Sinos Dobram (em inglês: For Whom the Bell Tolls), onde ele, baseado na sua experiência da Guerra Civil Espanhola, fala da condição humana e das atrocidades cometidas às pessoas pelas tropas de ambos os lados. O título é inspirado num poema do escritor inglês John Donn:

Nenhum homem é uma ilha isolada;
cada homem é uma partícula do continente,
uma parte da terra;
se um torrão é arrastado para o mar,
a Europa fica diminuída,
como se fosse um promontório,
como se fosse a casa dos teus amigos
ou a tua própria;
a morte de qualquer homem diminui-me,
porque sou parte do gênero humano.
E por isso não perguntes
por quem os sinos dobram;
eles dobram por ti.
PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA O ENSINO DE FILOSOFIA – 2º ANO


EIXO TEMÁTICO: A CONSTRUÇÃO DO SUJEITO MORAL

1. AUTONOMIA E LIBERDADE;
1.1. Desconstrução do indivíduo e o reconhecimento do outro;
1.1.1. O homem como ser social (Aristóteles, Marx, Sartre, Ricoeur)
1.2. As várias dimensões da liberdade (Ética, econômica e política);
1.2.1. A liberdade como fundadora do humano;
1.3. Liberdade e determinismo;
1.3.1. O determinismo absoluto, o fatalismo e a liberdade.
2. AS FORMAS DA ALIENAÇÃO MORAL
2.1. O indivíduo contemporâneo e a recusa do outro;
2.1.1. Individualismo, narcisismo e niilismo;
2.1.2. Pluralismo, racismo e xenofobia;
2.1.3. A tecnologia como mediadora da subjetivação do indivíduo moderno;
2.2. As condutas massificadas na sociedade contemporânea:
2.2.1. A indústria cultural e o consumismo;
2.2.2. A globalização;
2.2.3. Hedonismo, relativismo;
3. ÉTICA E POLÍTICA CONTEMPORÂNEAS
3.1. Maquiavel: as relações entre Moral e Política;
3.1.1. A revolução da Ciência Política
3.2. Cidadania: os limites entre o público e o privado;
3.2.1. Propriedade privada dos meios de produção e senso comunitário;
3.2.2. Socialismo.